O Fundo Monetário Internacional (FMI) defende que o Banco Central Europeu (BCE) deve limitar-se a mais um corte de 25 pontos base nas taxas de juro durante o verão de 2025, mantendo depois o valor nos 2%, salvo eventos económicos inesperados.
A recomendação surge num contexto de abrandamento económico, com o FMI a rever em baixa as previsões de crescimento da Zona Euro para 0,8% este ano.
Alfred Kammer, diretor do departamento europeu do FMI, afirmou que a atual política monetária tem sido eficaz no combate à inflação, e que a meta dos 2% deverá ser alcançada de forma sustentada no segundo semestre de 2025.
Desde junho de 2024, o BCE já reduziu as taxas sete vezes, estando atualmente a taxa de depósitos fixada em 2,25%.
As novas projeções económicas refletem um cenário de incerteza agravada pela guerra comercial e pela estagnação esperada na Alemanha. Entre as grandes economias da Zona Euro, apenas Espanha escapou à revisão em baixa.
Christine Lagarde, presidente do BCE, reconheceu que o impacto das tarifas ainda está por ser totalmente avaliado, e reforçou que a desinflação está quase concluída, estimando-se uma inflação de 2,1% em 2025.