Esta terça-feira, membros oficiais da Embaixada de Portugal no Chipre dirigiram-se até ao respectivo Consulado em Beirute para assistir os cidadãos portugueses, cerca de uma centena de indivíduos, que residem no Líbano.
Esta missão, liderada por Henrique Capelas, Chefe-Adjunto da Secção Consular no Chipre, a única representação diplomática do Estado Português no Líbano, havia sido anunciada na semana passada através do grupo de WhatsApp dedicado aos Portugueses no Líbano e teve como objectivo principal regularizar a situação dos respectivos cidadãos, inclusive a renovação de passaportes.
Apesar do corpo diplomático ter estado presente apenas durante o dia de terça-feira, todos os Portugueses com marcações no Consulado, cerca de vinte pessoas, entre as quais, casais luso-libaneses, foram assistidos com sucesso. Contudo, alguns deles confessaram estar preocupados com a guerra entre o Líbano e Israel e sugeriram que poderia ser necessário um plano de evacuação caso haja uma invasão israelita, frisando que o porto de Beirute está inoperacional e que fugir temporariamente para a Síria não é uma contingência realista.
O facto de várias embaixadas terem aconselhado os seus cidadãos a evacuar o Líbano nas últimas semanas tem também contribuído para esta consternação entre os portugueses residentes em território libanês.
No entanto, a Embaixada Portuguesa no Chipre não mencionou a existência de qualquer plano concreto de evacuação para os seus cidadãos, mas que tem acompanhado os acontecimentos, em particular, a escalada de violência militar entre Israel e o Hezbollah, e que qualquer emergência será abordada prontamente.
Esta foi a primeira vez que o corpo diplomático português, normalmente assistido pelo Cônsul-Honorário libanês Andre Boulos a partir de Beirute, organizou uma visita oficial ao Líbano desde a explosão devastadora no porto da capital libanesa no dia 4 de Agosto de 2020, que causou mais de 200 mortos e milhares de feridos, altura em que a Embaixadora Portuguesa Manuela Bairos assistiu os portugueses a residir no Líbano, incluindo sobreviventes da explosão.
João Sousa, e-Global
 
								