Mohammad Afif, Chefe de comunicação social do Hezbollah, foi assassinado em Beirute na sequência de um ataque aéreo por parte de Israel.
Afif encontrava-se dentro de um edifício de quatro andares pertencente ao Partido Nacionalista Árabe Baath da Síria na área de Ras el-Nabeh aquando do bombardeamento Israelita. O edifício foi parcialmente destruído, e o impacto da explosão causou estragos nas imediações, num bairro residencial bastante populado (e que desde há semanas, tem servido de refúgio a centenas de civis internamente deslocados, vindos de várias áreas afetadas pela guerra).
Este foi um dos dois bombardeamentos ocorridos no centro da capital Libanesa no mesmo dia, que não tiveram aviso prévio pelas autoridades Israelitas (que por regra tendem a anunciar o local que visam bombardear, para permitir a evacuação de habitantes locais). Outros ataques ocorreram ao longo do dia, e quase todos concentrados no centro de Beirute (como Haddath e Mar Elias). Segundo o Ministério da Saúde Pública Libanês, o atentado contra Afif em Ras el-Nabeh e o ataque Em Mar Elias resultaram num total de 6 mortos (incluindo uma mulher) e 36 feridos.
O assassínio de Afif, que chegou a ser director do canal televisivo do Hezbollah, Al-Manar, representa a continuação da estratégia Israelita de eliminar não só militares mas também funcionários administrativos associados ao grupo xiita com o objectivo de enfraquecer ainda mais o Hezbollah.
Entretanto, e de acordo com o canal de televisão Libanês LBCI, um cessar-fogo entre Israel e o Líbano poderá estar para breve. O Primeiro-Ministro Najib Mikati e o Presidente do Parlamento Nabih Berri terão uma reunião no início desta semana para acertar os últimos detalhes da proposta Libanesa de cessar-fogo e na terça-feira, o emissário Norte-americano Amos Hoschtein irá até Beirute para reler alguns dos termos do acordo e tentar respeitar a soberania do Líbano.
João Sousa, e-Global