Os ministros das Relações Exteriores dos Estados partes do Mercado Comum do Sul (Mercosul), convocados pelo ministro das Relações Exteriores da Argentina, Gerardo Werthein, reuniram-se no dia 11/04, no Palácio San Martín, sede da Chancelaria argentina, para abrirem conversações “sobre a situação atual do Mercosul e as perspectivas do processo de integração regional”.
Nota divulgada à imprensa sublinha que os chanceleres “reafirmaram o compromisso com o fortalecimento e a unidade do Mercosul, bem como a determinação de modernizá-lo e explorar, de forma coordenada, como melhor aproveitar as circunstâncias de uma conjuntura internacional em constante mudança e desafiadora”.
Durante a reunião, os chanceleres posicionaram-se a favor de um trabalho fixado “na agenda interna e de relacionamentos externos” convenientes ao Mercosul. Nesse sentido, consideraram como “avanços” o “acordo com Singapura e a conclusão das negociações com a União Europeia”.
Também firmaram “o compromisso de avançar prioritariamente com as negociações com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) e com os Emirados Árabes Unidos, com vistas à conclusão de ambos os processos durante o presente semestre”.
O contexto internacional foi debatido e os ministros “concordaram quanto à importância de enfrentar os desafios” e “concordaram com a necessidade de ampliar temporariamente a Lista Nacional de Exceções à Tarifa Externa Comum de cada Estado Parte para até 50 códigos tarifários”.
Do debate, os ministros “instruíram os seus respetivos Coordenadores Nacionais a implementar esse entendimento, de acordo com os respectivos procedimentos internos, assim como discutir a modernização do Mercosul na reunião do Grupo Mercado Comum prevista para os dias 23 e 24 de abril, como preparação para um novo encontro de chanceleres que ocorrerá em 2 de maio”.
Os chanceleres decidiram dar continuidade, nas próximas semanas, aos diálogos abertos durante a reunião, “com vistas à LXVI Reunião Ordinária do Conselho do Mercado Comum e à Cúpula de Presidentes do Mercosul, que acontecerá em julho próximo”.
O Mercosul, bloco económico criado em 1991, é formado pela Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela, que foi suspensa, por tempo indeterminado, por não cumprir com os seus direitos e deveres. O bloco também conta com Estados associados: Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname.
Ígor Lopes