O Parlamento Europeu adotou, nesta quinta-feira, resoluções denunciando graves violações de direitos humanos em três países. Na Tanzânia, MEPs condenam a repressão pós-eleitoral, que resultou em milhares de mortos e feridos, e exigem a libertação imediata do líder da oposição Tundu Lissu, preso de forma arbitrária e impedido de concorrer às eleições. O Parlamento pediu também a abolição da pena de morte e a criação de uma comissão africana independente para investigar os crimes cometidos.
No Irão, a perseguição sistemática à comunidade Baha’i foi fortemente criticada. Os eurodeputados exigem o fim da detenção de membros da comunidade, devolução de bens confiscados e compensação às vítimas, destacando que mulheres Baha’is representam dois terços dos detidos. Além disso, apelam à suspensão da pena de morte como ferramenta de repressão e à imposição de sanções a oficiais iranianos responsáveis por violações de direitos humanos.
Em relação à Tunísia, o Parlamento manifestou preocupação com a deterioração do Estado de Direito e das liberdades fundamentais, com atenção especial ao caso da advogada e jornalista Sonia Dahmani, detida arbitrariamente. Os eurodeputados exigem a retirada das acusações contra Dahmani e sua libertação imediata, bem como a proteção da liberdade de expressão, de assembleia e a independência do judiciário, pedindo a revogação do Decreto-Lei 54, que limita direitos fundamentais.