Guiné-Bissau: Cancelados salários de setembro de Ministro e de mais 7.000 funcionários

Bissau

Mais de sete mil funcionários afetos em diferentes instituições públicas na Guiné-Bissau, entre os quais alguns membros do Governo, incluindo o Ministro da Função Pública Tumane Baldé, magistrados, militares e elementos de forças paramilitares, estão com o pagamento dos salários de setembro cancelados.

E declarações à e-Global, Marcelino Simões Lopes Cabral, Secretário de Estado de Administração Pública confirmou a medida do Governo através do Ministério da Função Pública. “Reformas no país devem ser feitas, passando pela mudança de mentalidades e correções das tendências negativas na administração pública”, disse o Secretário de Estado.

Simões Lopes Cabral reconheceu que o não pagamento dos salários aos funcionários em causa vai criar alguns transtornos, mas atualmente o governo, inclusivamente o ministério das Finanças e o da Função Pública, desconhece número exato dos seus funcionários. “Quando é assim vai ser difícil gerir o pessoal na administração pública”, disse.

De acordo com o governante, o cancelamento dos salários é um processo que visa apenas os funcionários em situação duvidosa enquanto funcionários públicos. “É mais fácil bloquear os nomes de pessoas em situação duvidosa, para que sejam confirmadas quem são estas pessoas”. Uma situação que poderá “ser resolvida o mais tardar até o dia 29 de Setembro”, sublinhou Simões Lopes Cabral.

O Secretário de Estado adiantou ainda que muitas pessoas estão em situação ilegal, e esclarece que em alguns casos estas pessoas não são culpadas das irregularidades, responsabilidade atribui a um sistema que ao longo dos últimos anos acabou por se instalar na Guiné-Bissau.

Simões Lopes Cabral insistiu na necessidade do controlo do número exato do pessoal administrativo afeto aos serviços do Estado, e precisa que na “primeira fase iniciamos com este processo de controlo e na fase seguinte vamos trabalhar com um sistema eletrónico de controlo das presenças dos funcionários da administração pública”.

Sobre os números anteriormente existentes, o Secretário de Estado explicou que após o início do processo de controlo os mais de 30 mil funcionários identificados passaram para 21 mil pessoas, com base nesta seleção poderá vir a ser possível identificar o número real funcionários públicos da Guiné-Bissau.

Sumba Nansil

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