O governo chinês anunciou a condenação à morte de um ex-técnico informático de Sichuan identificado como Huang Yu, por ter vendido 150,000 documentos classificados a agentes estrangeiros, avançou a emissora estatal na terça-feira, sem adiantar qual foi o país que comprou os documentos.
De acordo com a emissora, Huang Yu trabalhava para um departamento governamental que lida com segredos de Estado.
Segundo a notícia da televisão, Huang Yu era um mau empregado e foi despedido. Em resposta, Huang Yu terá contactado através da internet uma “organização de espionagem estrangeira”, oferecendo-se para lhes vender documentos que recolhera no antigo emprego. Os encontros para a troca de informações terão acontecido em Hong Kong, onde acabaria por entregar os mais de 150 mil documentos, contendo material confidencial sobre o Partido Comunista Chinês, mas também sobre o exército e finanças do gigante asiático.
As viagens frequentes e o enriquecimento súbito de Huang Yu levantaram suspeitas, e em 2011 foi detido e condenado à morte. A notícia não adianta quando ou se a condenação foi executada, nem onde decorreu o julgamento.
Na semana passada, a China celebrou seu primeiro Dia Nacional da Educação Segurança. O presidente chinês Xi Jinping, tem procurado sensibilizar a população para a necessidade de apanhar agentes estrangeiros e domésticos. .
Em 2014, Xi Jinping assinou uma lei contra-espionagem para monitorizar mais amplamente agentes estrangeiros e cidadãos chineses que os apoiem. No ano passado, o governo aprovou uma lei de segurança nacional abrangente, ampliando a definição do que constitui uma violação à segurança.
A publicidade dada ao caso do Huang reflete a determinação do presidente chinês para destacar as ameaças representadas por entidades estrangeiras e a abordagem firme do governo para as questões de segurança nacional.