Escritor Alexandre Faria leva à Fliporto Portugal a defesa da lusofonia como “única janela aberta para os continentes”

O escritor e advogado Alexandre Faria será um dos participantes da Fliporto Portugal, que se realiza de 22 a 25 de outubro de 2025, no Mosteiro de Leça do Balio, sede da Fundação Livraria Lello, em Matosinhos. O autor participa na sexta-feira, dia 24, num evento que integra o programa de estreia internacional da Festa Literária Internacional de Pernambuco, um dos mais reconhecidos festivais literários do Brasil, que celebra agora vinte anos de existência.

“Tenho enormes expetativas e não podia estar mais satisfeito pela oportunidade de Portugal receber um dos maiores festivais literários brasileiros, com 20 anos de história, assinalando assim a sua merecida internacionalização”, afirmou Alexandre Faria, acrescentando que este será “um espaço de reflexão conjunta decisivo, atendendo às participações já confirmadas, e um marco incontornável para toda a Lusofonia”.

Com 16 livros publicados, este escritor sublinha o papel decisivo de encontros literários como a Fliporto na valorização da língua portuguesa.

“Estes festivais desempenham um papel absolutamente determinante nestes tempos mundiais de incertezas que enfrentamos. A língua portuguesa e a lusofonia são o nosso maior património e o factor de união essencial para defendermos o espírito de comunidade que nos distingue, que nos traz uma vantagem competitiva oceânica e o sentido de humanidade que deveremos preservar”, destacou.

Sobre a chegada do festival a Portugal, Faria considera que a parceria com a Fundação Livraria Lello foi “uma simbiose perfeita e a melhor resposta a este grande desafio”. Segundo o autor, “a Fundação Livraria Lello, à qual uma das livrarias mais famosas do mundo pertence, traz uma projeção inigualável e configura uma afirmação determinante para Matosinhos e para o Norte de Portugal, em representação de todo o país”.

Alexandre Faria explicou que a sua obra literária tem como eixo central a valorização do espaço lusófono.

“Se existe um ponto em comum nos meus 16 livros, será, sem dúvida, a defesa intransigente do espaço lusófono. Não deixarei, por isso, de realçar que a Lusofonia é a única janela que se mantém aberta para os continentes”, afirmou.

Na mesma linha, o autor enfatizou a importância da cultura como base da convivência entre povos e da preservação da diversidade.

“É importante compreender que só a Cultura permite a tolerância cultural, apenas a Cultura assegura o respeito multicultural, e a Literatura, tal como a nossa Língua Portuguesa, constituem os melhores braços armados perante as ameaças dos nossos dias”, finalizou.

Ígor Lopes

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