Uma combinação de poluição atmosférica, urbanização intensa e escassez de espaços verdes eleva significativamente o risco de asma em crianças e adultos, segundo um novo estudo liderado por investigadores do Instituto Karolinska, na Suécia.
Publicado na revista The Lancet Regional Health—Europe, o estudo analisou dados de quase 350 mil pessoas em sete países europeus, utilizando imagens de satélite para mapear áreas urbanas, verdes e aquáticas e associar os dados ambientais à saúde respiratória dos participantes.
Os investigadores descobriram que 11,6% dos casos de asma poderiam ter sido evitados em ambientes urbanos mais favoráveis, o que representa aproximadamente uma em cada dez pessoas diagnosticadas com a doença. Ao contrário de estudos anteriores que analisavam fatores isolados, este trabalho inovou ao considerar múltiplos fatores ambientais de forma integrada.
Os resultados têm implicações importantes para o planeamento urbano e políticas de saúde pública. “Este método pode ajudar a identificar zonas de risco nas cidades e orientar o desenvolvimento de ambientes urbanos mais saudáveis”, afirmou Erik Melén, coautor do estudo.
Os investigadores agora avançam para uma nova fase do projeto EXPANSE da UE, analisando amostras de sangue dos participantes para investigar como o ambiente afeta o metabolismo e contribui para o desenvolvimento de doenças como asma, diabetes e doenças cardiovasculares.