O líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, criticou a “justiça direcionada” e a guerra existente entre “marimbondos” no seio do MPLA, partido do poder, considerando que tal “não está a ajudar” a situação de Angola.
A observação foi feita após uma marcha de militantes e simpatizantes da maior formação política da oposição no país, que terminou com a inauguração das instalações do secretariado provincial da UNITA em Luanda.
O dirigente aproveitou o momento para defender que “todos devem devolver os dinheiros desviados ao Estado” e mencionar que “há nomes de quem já ninguém fala”. Neste âmbito, disse estar surpreendido com a altura escolhida pela Procuradoria Geral da República para fazer o arresto de bens da empresária Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente da República José Eduardo dos Santos.
“Não é estranho o período que escolheram para o arresto”, que coincidiu com o fim do ano e com as férias judiciais, questionou na presença de alguns milhares de apoiantes da organização política que representa. “Não queremos uma justiça direcionada, não é bom perseguir os cidadãos”, ajuntou, lembrando que a lei tem de ser aplicada por igual a todos os cidadãos.
O político voltou a criticar os poderes excessivos concentrados na figura do atual chefe de Estado, João Lourenço, alertando para que um dia, quando o governante perder o poder, lhe possa acontecer o mesmo que aconteceu com José Eduardo dos Santos, o que prejudicará o país.
“Esta guerra do MPLA é boa para o país? Esta guerra está a nos ajudar? A guerra dos marimbondos contra outros marimbondos ajuda o nosso país”, perguntou, recebendo “nãos” uníssonos como resposta dos presentes no local.
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