A AngoBarómetro conclui que a incapacidade no combate à corrupção e o adiamento da questão da despartidarização do aparelho do Estado angolano estão a afundar o MPLA, partido no poder desde a independência de Angola, em 1975.
As conclusões foram obtidas através de uma sondagem de opinião realizada no período de 02 a 10 de abril deste ano, feita pela AngoBarómetro. Segundo os números divulgados, 46,64% dos 1.908 participantes considera a despartidarização como uma questão prioritária numa lista de oito itens propostos no inquérito.
O próximo governo que sairá das eleições gerais, previstas para agosto, deverá considerar então a despartidarização como prioritária se quiser corresponder à vontade de muitos cidadãos. Em segundo, deverá dedicar-se ao combate à corrupção, assunto do interesse de 13,84% dos inquiridos, seguido do combate à pobreza, com 13%.
Já o desemprego juvenil ficou na quarta posição das questões prioritárias, com 10,38%, e em quinto lugar encontra-se o crescimento económico, com 7,76%. A melhoria do sistema de educação e a melhoria do sistema de saúde ficaram na quinta e na sexta posição, com 5,45% e 1,89%, respetivamente. A última prioridade da lista foi o combate à criminalidade, que obteve apenas 1,04%.
A UNITA foi o partido mais bem posicionado em todas as áreas, de uma forma geral, quando foi pedido aos inquiridos que atribuíssem competências às formações políticas nas diferentes áreas alistadas e consideradas como prioritárias.
Na resposta à pergunta sobre qual formação política poderia combater melhor a corrupção em Angola, 59,96% dos 1.908 participantes indicaram a UNITA, contra apenas 19,29% a favor do MPLA.