A Polícia Nacional de Angola acusa os dirigentes da UNITA de assumirem a posição de liderança das manifestações ocorridas no país.
No entanto, a organização do protesto realizado no sábado passado, 17 de junho, já veio negar qualquer ligação com o maior partido da oposição.
O co-organizador do protesto, o ativista Dito Dalí, disse à “DW África” que “eles [a polícia] acham que o povo angolano ainda é infantil, que não tem noção sobre a situação política e social do país, que não tomou consciência sobre os seus deveres, por isso pensam que o povo não está a sentir os efeitos do aumento do preço da gasolina. Acham que a UNITA é que está a estimular a população”.
No sábado as autoridades dispersaram a marcha em Luanda com gás lacrimogéneo e realizaram detenções. O protesto era contra a subida do combustível e o fim da venda ambulante.
Houve pânico, desmaios e relatos de alguns feridos e detidos. Tratou-se de uma marcha convocada por ativistas e membros da sociedade civil angolana.