A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) começou a transferir mais de 33.000 refugiados congoleses que se encontravam em centros de colhimentos sobrelotados, para um novo local em Lóvua, a norte de Angola, a cerca de 100 km da fronteira coma República Democrática do Congo. A informação foi dada pelo porta-voz do ACNUR, Adrian Edwards, durante uma conferência de imprensa que decorreu esta terça-feira no Palácio das Nações, em Genebra. No início de agosto, cerca de 1.500 refugiados foram transferidos do centro de receção de Mussunge para o novo local em Lóvua.
Este novo local em Lóvua tem cerca de 33 quilómetros quadrados de terra, e pretende melhorar as condições de vida dos refugiados. Quem chega receberá um terreno para construir as suas casas e cultivar os seus alimentos.
Desde abril deste ano, os refugiados congoleses estão recebendo assistência humanitária nos centros de acolhimento temporários Cacanda e Mussunge, bem como nas comunidades vizinhas em torno de Dundo – a capital da província de Lunda Norte.
Desde março deste ano, milhares de congoleses fugiram para o norte de Angola, da violência e das tensões étnicas que se fazem sentir na região do Kasai, na República Democrática do Congo.
Em junho deste ano, a ACNUR e outras agências humanitárias lançaram um apelo de 65,5 milhões de dólares a Angola, para oferecer proteção e assistência humanitária aos refugiados congoleses do Kasai.