O ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, está inelegível até 2030, acusado de abuso de poder. A decisão, tomada por maioria, é do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando ainda faltavam dois votos, do ministro presidente do tribunal Alexandre Moraes (favorável à punição) e Nunes Marques (contrário).
O resultado confirmou o que analistas, juristas e políticos já previam. Na tarde desta sexta-feira (30/06), o tribunal formou maioria, pela terceira vez na história política brasileira, e um ex-chefe do Executivo Federal é impedido de concorrer a cargos públicos, fora as cassações de Fernando Collor de Mello e Luis Inácio Lula da Silva.
Quando ainda faltam dois julgadores concluírem o voto, a votação já está 4 a 1 contra o ex-presidente, o que confirma a suspensão da sua atividade política. A ministra Carmen Lúcia foi a primeira a votar no quarto dia de julgamento. No início do seu discurso, ela já adiantou que iria votar a favor da inelegibilidade do ex-presidente.
Bolsonaro é investigado pela reunião com embaixadores, na véspera das eleições presidenciais, em que ele atacou, sem provas, a credibilidade do sistema eleitoral. O encontro foi transmitido em direto pela estatal TV Brasil, em julho de 2022.
A ação contra Bolsonaro foi movida pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista) e julgada pelo TSE. Os juízes entenderam que Bolsonaro cometeu abuso de poder político e fez uso indevido dos meios de comunicação.
Carlos Vasconcelos – Correspondente