A líder do PAICV comprometeu-se esta segunda-feira, 01 de abril, em São Miguel, ilha de Santiago, a continuar a trabalhar para que Cabo Verde tenha uma mulher como primeira-ministra.
“Quero prometer-vos [mulheres] (…) que, a partir de hoje, vou trabalhar por desaforo e por cada uma de vós. Vou trabalhar para resgatar este país e para que tenham mais voz e para mostrar que é o PAICV que vai trazer inovação, elegendo, sim, uma mulher para primeira-ministra de Cabo Verde”, declarou Janira Hopffer Almada, referindo-se às próximas eleições legislativas de 2021, em que, sendo dirigente do partido, é candidata a primeira-ministra.
A promessa foi feita durante uma conversa com as mulheres militantes, amigas e simpatizantes do PAICV, realizada sob o mote “Os desafios da participação da mulher na política” e promovida pela Federação Nacional das Mulheres do PAICV (FNMPAI) e pela Comissão Política Regional de Santiago Norte (CRP-SN) no acto central de encerramento das atividades do “Mês de Março, Mês da Mulher”.
A deputada, que disse que iria continuar a lutar para que o país tenha uma mulher primeira-ministra, “cada vez mais com mais força, coragem e determinação” , aproveitou a ocasião para esclarecer que quando se diz que as mulheres cabo-verdianas não estão preparadas para governar e que não se vai votar numa mulher, isso não é uma ofensa apenas à sua pessoa enquanto política, mas também a todas as mulheres cabo-verdianas.
Nesse sentido, apelou à população feminina para que a mesma trabalhe unida por um Cabo Verde melhor, acreditando que esta também tem condições e capacidades para assumir todas as responsabilidades que forem necessárias, independentemente de que mulher for.
“Passamos o mês de março a comemorar o Mês da Mulher, mas, mais do que a comemoração do Mês da Mulher, devemos ter a atitude de promover as mudanças que têm que ser promovidas em Cabo Verde. Não é possível que continuemos a ter preconceitos contra as mulheres que assumem certas posições e certas responsabilidades, quando passamos um mês inteiro a vangloriar as capacidades das mulheres cabo-verdianas”, sublinhou.
“Não se deve reconhecer as capacidades das mulheres cabo-verdiana só para certas coisas, para depois se disser que elas não estão preparadas para governar e liderar”, acrescentou, lembrando que são as mesmas pessoas que reconhecem as grandes capacidades das mulheres cabo-verdianas que depois, para certos cargos e funções, põem em causa essas mesmas capacidades.