A emigração clandestina está a ganhar proporções alarmantes em Bubaque, região de Bolama Bijagós, confirmou à e-Global Herculano Preto da Silva, líder da Organização promotora da paz nesta zona insular da Guiné-Bissau.
No âmbito de 24.º Conselho de Paz do Projecto Fórum de Paz da Guiné-Bissau que iniciou em Bubaque a 27 de Novembro e decorre até 1 de Dezembro, Herculano Preto da Silva destacou “a forma arriscada que os jovens recorrem para migrarem a Europa e outros países que acharem melhor“.
“Jovens estão a emigrar usando pirogas, enfrentando todos os riscos do mar, pela frustração da esperança na Guiné-Bissau, segundo alegam. É uma situação preocupante nos últimos tempos”, disse o líder associativo.
Segundo o activista, apenas circulam boatos sobre os jovens que já partiram, nunca havendo “certezas sobre as suas condições de chegada ao país de destino”.
“O governo deve prestar atenção a esta zona e investir na formação e emprego jovem. Isto poderá ser uma das formas de atenuar o fenómeno”, apontou Herculano Preto da Silva.
O activista guineense criticou ainda “a falta de meios de transportes marítimos nas ligações entre ilhas”, existindo apenas um barco que garante unicamente as ligações Bissau – Bubaque e Bissau – Bolama, em diferentes dias.
Bubaque é uma das ilhas do Arquipélago dos Bijagós na Guiné-Bissau, que administrativamente pertence à região de Bolama e ao sector de Bubaque.
A ilha de Bubaque está situada no extremo sudeste do arquipélago. Com uma área de 48 km², dezoito dos quais são pântanos alagados pelo oceano durante a maré alta. A ilha é reputada pela sua vida selvagem e possui uma importante área florestal com uma biodiversidade única, sendo uma importante sendo uma das mais importantes atracções turísticas do país.
Mamandin Indjai