A decisão do Governo em isentar os deficientes so pagamento de propinas mensais e periódicas nas escolas púbicas foi bem-recebida pelas organizações de defesa, como um forte sinal de reconhecimento pelos direitos que assistem os deficientes na Guiné-Bissau.
“Há muitas pessoas que concluíram ciclos e outras fases de formação e querem matricular-se, mas não têm meios. Por isso, em nome de todos os deficientes, agradeço, no fundo do meu coração ao Governo pela decisão”, refere Mamadu Alfa Djaló, membro de uma organização que defende pessoas portadoras de deficiência.
A decisão governamental em isentar os deficientes de pagar as propinas periódicas e mensais nas escolas públicas é louvável, dizem alguns cidadãos guineenses, para os quais, o despacho do Ministro da Educação deve ser cumprido sem qualquer resistência.
O Secretário Executivo da Federação das Associações de Defesa e Promoção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Lázaro Barbosa, ressalvou que ” é mais uma acção activa do Governo e mais um balão de oxigénio que o Governo está a dar aos pais e encarregados de Educação das pessoas com deficiência e as próprias pessoas com deficiência, no âmbito da sua política de inclusão no processo educativo”.
Lázaro Barbosa lembrou, todavia, que ainda existem anotou algumas barreiras com que os deficientes estão confrontados na Guiné-Bissau, entre as quais “barreiras urbanísticas, mesmo dentro das instituições públicas, nomeadamente falta de sanitas nas casas de banhos públicos para os deficientes, sinais de trânsito, entre outras”, anotou ainda o Secretário Executivo da Federação das Associações de Defesa e Promoção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Lazaro Barbosa.
O Governo solicitou, entretanto, às organizações de defesa das Pessoas com Deficiências a procederem à identificação dos alunos que estão a estudar nas escolas públicas e enviar a lista para as respectivas escolas.