O governo guineense conseguiu poupar mais de dois bilhões de francos Cfa, graças ao controlo de pagamento presencial aos pensionistas, de janeiro de 2017 a junho de 2018.
Os dados constam no relatório da Comissão Interministerial entregue, esta terça-feira, 03 de julho, ao Ministro da Reforma Administrativa, Função Pública e Trabalho, Fernando Gomes que, após a apresentação do referido documento, afirmou que a aposta do executivo está centrada na correção de “procedimentos administrativos fáceis” que promovam as condições para “delapidação do erário público”, com vista à moralização do Estado.
“A reforma na administração pública constitui fator decisivo na boa prossecução da política de desenvolvimento do país. E, o que assistimos hoje, constitui um importante passo para a introdução de mudanças importantes no aparelho administrativo guineense que tanto almejamos. O relatório irá permitir não só combater a corrupção como também fazer as correções de certos males que assolam a nossa administração pública” sublinhou Fernando Gomes.
O governante disse, por outro lado, que o governo continua empenhado em criar condições que permitam a sanidade financeira, de forma a poder estar em condições de honrar com as exigências dos servidores públicos, cidadãos, utentes e beneficiários da ação da administração pública.
Entretanto, em entrevista aos jornalistas, o Inspetor geral da Administração pública, Alfa Balde, defende que o controlo de pagamento presencial seja extensivo aos efetivos da administração pública, devido a eficácia do processo iniciado em janeiro de 2017.
Dados da comissão indicam que, depois dos trabalhos feitos, de janeiro de 2017 a junho de 2018, atualmente a Guiné-Bissau conta com mais de cinco mil pensionistas, e a massa salarial é de quinhentos e cinquenta e seis milhões, seiscentos e setenta e um mil e duzentos e quarenta e cinco francos Cfa. Ou seja, de acordo com a comissão, houve uma diferença de mais de cento e setenta e cinco milhões de francos Cfa, depois do controlo efetuado.
Tiago Seide
