O activista guineense e Coordenador de Grupo Kumpuduris di Paz [Promotores de Paz] de Gabú, Djibril Bodjam, denunciou práticas de “violações dos Direitos Humanos“ e lamentou “a ausência da autoridade do Estado” na região.
À rádio privada Capital FM, o activista disse que o respeito dos “direitos humanos estão caóticos” e denunciou que “os reclusos no centro de detenção estão há duas semanas sem alimentação”.
“Os prisioneiros detidos por motivos diferentes, encontram-se nas celas há mais de duas semanas sem alimentação“, denunciou o activista que lamentou ainda as “péssimas condições e falta de meios das forças de segurança em Gabú”.
Bodjam teceu ainda duras críticas às autoridades nacionais “pela inércia” em responder às “necessidades fundamentais dos cidadãos no interior do país”.
“No pleno século XXI ainda se bebe água imprópria”, assim como há “falta de técnicos de saúde e professores, numa região como Gabú, que tem uma grande importância económica para o país”, disse Djibril Bodjam.
O activista defendeu a “descentralização dos poderes” que permitirá que “as regiões possam desenvolver-se”, sendo, para Djibril Bodjam, assim prioritário “completar o ciclo democrático” através da realização das eleições autárquicas.