Foram cerca de 2.500 as famílias moçambicanas do distrito de Morrumbala, na província da Zambézia, que entraram nos últimos dias no distrito de Nsanje, no Malawi, para fugirem à tensão pós-eleitoral.
Recorde-se que esta tensão tem sido marcada por manifestações à escala nacional, convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane. Os protestos já causaram mais de 250 mortos, segundo a imprensa moçambicana.
De acordo com o Comissário do Departamento para os Refugiados, General Ignacio Maulana, o fluxo de refugiados de Moçambique para Malawi não apanhou de surpresa a sua instituição, uma vez que já era esperado.
“Todas as agências, incluindo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), o Programa Mundial da Alimentação (PMA) e o Departamento de Assuntos de Gestão de Desastres (DODMA), entre outros, estão em alerta [e sabem] o que está a acontecer em Moçambique”, partilhou, citado pela “Carta de Moçambique”.