O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, disse que a 37ª cimeira da União Africana (UA) deu nota positiva à “agenda” do país na preservação da paz e ambiente, em declarações proferidas este fim-de-semana sobre o balanço da participação de Moçambique no encontro realizado em Adis Abeba, Etiópia.
Nyusi revelou que o discurso foi centrado na promoção da paz e combate ao terrorismo. “Foi nesta parte que fizemos a intervenção de fundo, mas no sentido de condenar, todas as outras formas de violência, incluindo o extremismo violento, e mudanças inconstitucionais de governos”. O Chefe de Estado afirmou que compartilhou com os demais líderes a experiência única adotada por Moçambique de combater o terrorismo de forma multilateral na SADC, mas também de forma bilateral com o Ruanda.
O Presidente Filipe Nyusi acrescentou a Tanzânia nesta modalidade referindo que “este país ajuda no âmbito da SADC, mas já trabalha de forma bilateral.”
Por outro lado, de acordo com Filipe Nyusi, a UA adotou o “Crescendo Azul” por considerar uma iniciativa que a organização continental aconselhou que seja seguida porque Moçambique sozinha não pode fazer nada.
Já na aposta na floresta de Miombo, o estadista moçambicano disse que esta iniciativa vai integrar a agenda da UA. “Vamos trabalhar para trazer esta mensagem de forma profunda. Deixamos claro que se não conservamos a natureza, não haverá paz. Como acontece quando há guerra, não há paz,” anotou.
O Presidente da República anunciou que “conseguiu o apoio” dos seus homólogos de tal forma que eles confirmaram a sua presença na conferência de Miombo, a ter lugar em abril, nos Estados Unidos da América, tendo já recebido os respetivos convites.
Temas como agricultura, educação, nutrição, digitalização, criação da zona de comércio livre, entre outros, foram debatidos na cimeira, realizada este fim-de-semana. “Fomos muito participativos porque conseguimos estar em tudo. Por isso recebemos uma carta de recomendações,” concluiu Nyusi.
Aurélio Sambo – Correspondente