O braço de ferro entre os médicos do Hospital Central de Nampula, no norte do país, e o Governo ainda está longe do fim, apesar de vários encontros entre as partes, devido à falta de pagamento dos honorários referentes a 2024.
Para pressionar o Governo a saldar a dívida, os médicos colaboraram com a imprensa e anunciaram que, a partir de 1 de novembro, irão paralisar todas as atividades extraordinárias.
Os profissionais de saúde revelaram que apenas continuarão a exercer as suas funções dentro do horário normal de trabalho da função pública moçambicana, que decorre das 07h30 às 15h30, durante os dias úteis da semana.
“Assim sendo, a partir de 1 de novembro, a atividade laboral dos médicos do Hospital Central de Nampula circunscrever-se-á, em absoluto, ao horário ordinário da função pública, compreendido entre as 7h30 e as 15h30”, lê-se numa nota enviada à imprensa.
Na mesma nota, os médicos do Hospital Central de Nampula asseguram que, ao agir dessa forma, estão em conformidade com o Decreto n.º 28/2022, do Regulamento do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado.
Devido à situação, foi convocado um encontro de emergência, inicialmente para este fim-de-semana, entre o Secretário de Estado Plácido Pereira e a classe médica, numa tentativa de encontrar soluções que evitem comprometer o atendimento público no maior hospital do norte de Moçambique, que também presta serviços a parte da província da Zambézia