O diretor da Energia Social da Electricidade de Moçambique, Joaquim Ou-chim, informou que as primeiras obras do programa “Energia para Todos” vão começar nos primeiros três meses do próximo ano, sendo esta a fase inicial de projetos, que irão custar cerca de 300 milhões de dólares (269 milhões de euros).
O objetivo, ajuntou, é fazer com que todos os moçambicanos tenham energia elétrica nas suas residências até 2030, estando já a ser criadas as condições para os primeiros passos.
“Contamos nós que até o primeiro trimestre do próximo ano já teremos obras no terreno e iremos começar com o processo de ligação de novos consumidores”, declarou Ou-chim durante uma conferência de imprensa realizada para falar sobre o ponto de situação do programa.
Para essa primeira fase serão contratados cinco empreiteiros, que irão operar em todo o país. O processo de ‘procurement’ é da responsabilidade do Banco Mundial, que lidera o grupo dos financiadores do programa.
No total, o valor desta fase é de 200 milhões de dólares (179 milhões de euros) para as ligações à rede nacional, sendo os restantes 100 milhões de dólares (89 milhões de euros) para ligações fora da rede.
“Este é o valor disponível para a primeira ronda de projetos. O valor total para que todos tenhamos acesso à energia são 6.5 mil milhões de dólares que são necessários”, acrescentou a fonte.
Atualmente são pouco mais de dois milhões de famílias moçambicanas que estão ligadas à rede nacional de eletricidade, e “até 2024 esperamos certamente estar a duplicar ou triplicar a taxa de ligação atual”.