Na quinta-feira (6), pelo menos sete membros da milícia tradicional denominada Namparamas foram mortos em confrontos com agentes da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), na sede do posto administrativo de Aúbe, no distrito de Angoche, província de Nampula.
Alegadamente, tratou-se de um confronto entre as duas partes, no qual, além da morte dos sete Namparamas, um membro da corporação ficou gravemente ferido.
Em conferência de imprensa realizada nesta sexta-feira (7), o chefe das relações públicas da PRM em Nampula, Dércio Samuel, negou que os agentes tenham matado membros dos Namparamas, mas admitiu o ferimento deles e de um dos seus colegas.
Dércio Samuel afirmou que o que a PRM tem é apenas a confirmação do ferimento das sete vítimas, mas não cabia à PRM fazer anúncios sobre a morte dos Namparamas.
O chefe das relações públicas disse que agentes da PRM entraram em confronto com cerca de 100 homens armados com objetos contundentes, que alegadamente tentavam sequestrar o chefe do posto de Aúbe.
Até sexta-feira, a situação em Aúbe, onde grupos de populares inspirados pelos discursos de Venâncio Mondlane apelam à melhoria do custo de vida, era descrita como tensa, com relatos de medo generalizado e até de abandono da população, que teria se deslocado para outras zonas de Nampula.