O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), na província de Nampula, abortou, durante o fim de semana, um negócio de venda e tráfico de um pangolim, que se acredita ter sido capturado ilegalmente na Reserva Especial do Niassa nos últimos dias.
A transação estava a ser concretizada na cidade de Nacala-Porto, onde alguns dos envolvidos foram detidos, enquanto um indiciado conseguiu fugir ao se aperceber da presença dos agentes do SERNIC no local do negócio.
A porta-voz do SERNIC em Nampula, Enina Tchinine, apresentou publicamente neste domingo (11), pelo menos dois dos envolvidos e afirmou que o animal provém da Reserva Especial do Niassa, devendo, por isso, ser devolvido ao seu habitat natural.
“Recebemos informações no dia 9, através das nossas fontes, de que indivíduos provenientes de Nampula pretendiam comercializar uma espécie protegida, o Pangolim, na cidade portuária de Nacala. O seguimento da investigação culminou na detenção de três indivíduos, no momento em que pretendiam realizar a troca por valores monetários”, explicou.
Os dois detidos declararam aos jornalistas que, embora estivessem envolvidos na operação, alegadamente não sabiam do que se tratava. Um afirmou que apenas prestava serviço como motorista de táxi e que receberia 30 mil meticais (cerca de 450 euros) pelo transporte, enquanto o outro disse estar apenas a acompanhar um amigo num passeio.
O SERNIC informou que continua a realizar diligências para localizar o outro suspeito e que os detidos serão encaminhados às autoridades competentes da administração da justiça.