Foi através de duas cartas tornadas públicas hoje, uma dirigida à Renamo e outra ao Parlamento, que Venâncio Mondlane, explicou que, após “uma tomada de consciência profunda da necessidade de busca de meios mais eficientes e de uma esfera política propícia para continuar o seu combate pela defesa da democracia e na luta pelo livre exercício dos deveres patrióticos”, a renúncia ao mandato de deputado e a saída do partido.
Venâncio Mondlane era membro da Renamo desde junho de 2018, depois de ter renunciado ao partido Movimento Democrático de Moçambique (MDM).
Na Renamo, Venancio Mondlane foi um político com bastante destaque, ao longo de seis anos de militância. Ocupou vários cargos, com destaque para assessor político do presidente Ossufo Momade.
O político, carinhosamente tratado como VM7, deixa a Renamo depois de ter movido vários processos contra o partido e o presidente Ossufo Momade.
A saída de Venancio Mondlane foi antecedida da saída de Raúl Novinte, ex-edil de Nacala-Porto e antigo cabeça-de-lista da Renamo nas últimas eleições autárquicas.
Numa declaração surpreendente, Novinte afirmou que perdeu a confiança na Renamo e revelou planos de se unir a Venâncio Mondlane numa nova formação política, a ser anunciada em breve.
“Na próxima semana, ou dentro de dias, vocês vão conhecer o partido que o engenheiro Venâncio Mondlane está inserido. Vão ouvir o anúncio da candidatura oficial na Comissão Nacional de Eleições, e serão conhecidos os cabeças-de-lista que vão acompanhar a candidatura em cada província,” declarou.
Novinte enfatizou a importância dos eleitores se concentrarem nas propostas dos candidatos, em vez de se prenderem a partidos políticos específicos. “Temos que olhar o manifesto que o candidato traz, o partido não pode ser o elemento que governa o país. Este país já foi sufocado por muito tempo, chega!” declarou.
Aurélio Sambo – Correspondente