O governo queniano prometeu nesta segunda-feira uma “ação decisiva” para conter um aumento da violência durante as eleições primárias do partido, num país ainda assombrado pela sangria étnica que se seguiu a uma eleição presidencial disputada há uma década.
O ministro do Interior, Joseph Nkaissery, disse que a polícia prendeu 17 pessoas depois de jovens apoiantes de um candidato do Movimento Democrático Laranja da oposição terem atacado funcionários que prepararam a eleição primária do partido no fim de semana.
“Diante do número de incidentes de caos e violência recentemente ocorridos durante as primárias do partido, o governo decidiu intervir e tomar medidas decisivas para manter a paz e a estabilidade”, disse Nkaissery em conferência de imprensa.
A violência em 2007 despoletou depois de Odinga ter dito que a votação foi manipulada a favor do ex-presidente Mwai Kibaki, provocando ondas de assassinatos étnicos em todo o país.
Nas eleições seguintes, em 2013, em que saiu vencedor Kenyatta, o equipamento de contagem eletrónica falhou, levantando suspeitas de fraude. A oposição, liderada por Odinga, apresentou uma queixa no Supremo Tribunal Federal, que confirmou o resultado.