O presidente do Zimbábue, Emmerson Mnangagwa, excluiu a formação de um governo de coligação depois de visitar o líder da oposição, Morgan Tsvangirai, esta sexta-feira.
O Zimbabué deve realizar eleições em 2018 no primeiro grande teste da para Mnangagwa depois de ter subido ao poder em novembro do ano passado, após um golpe militar que levou ao afastamento do líder veterano, Robert Mugabe.
Mnangagwa, que já indicou que as eleições poderiam ser realizadas em março deste ano, está sob a pressão da sociedade civil, dos futuros investidores e dos partidos de oposição para implementar reformas políticas após os 37 anos de Mugabe no poder.
“De momento não há necessidade”, disse Mnangagwa em declarações aos repórteres, referindo-se à possibilidade de formar uma coligação com o Movimento para a Mudança Democrática (MDC) de Tsvangirai.
O partido ZanU-PF de Mnangagwa e o MDC foram parceiros num governo de unidade nacional durante cinco anos até 2013. Mais tarde, Tsvangirai foi, durante anos, acusado pelo ZanU-PF, no poder desde a independência, e pelos militares que sempre apoiaram o regime de Mugabe de se ter tornado uma “marioneta” do Ocidente.