Logo no início do discurso do presidente francês, Emmanuel Macron na universidade de Ouagadougou prestou homenagem a Thomas Sankara, assassinado em 1987 em circunstâncias ainda não elucidadas.
Thomas Sankara assume a presidência do Burquina Faso durante a primeira revolução burquinabê em 1983, e impõe o “patriotismo económico” pondo em causa os interesses franceses no país.
Quatro anos depois Sankara é assassinado durante um Golpe de Estado que leva ao poder Blaise Compaoré, um “amigo” de Paris, que permanecerá 27 anos à frente do Burquina Faso.
As condições “misteriosas” da morte de Thomas Sankara, e os interesses que estavam associados ao assassinato do líder burquinabê, elevou a suspeição de uma possível “cumplicidade” do governo de Jacques Chirac e do Presidente François Mitterrand, mas também de governos africanos próximos de França.
O assassinato do jovem revolucionário presidente transforma Sankara num mártir e num ícone da luta africana contra o contra o “colonialismo e o neocolonialismo”, levando a juventude burquinabê a o intitular como o “Che Guevara Africano”.
Interpelado o presidente francês esta terça-feira 28 de novembro por uma jovem burquinabê sobre o segredo que ainda envolve o assassinato de Sankara, Emmanuel Macron garantiu que vai “desclassificar” todos os documentos relativos à morte de Thomas Sankara.