A Missão da ONU na República Democrática do Congo (MONUSCO) concluiu oficialmente, esta semana, a operação de evacuação de centenas de membros das Forças Armadas e da Polícia Nacional congolesa que haviam se refugiado nas suas instalações em Goma, após a tomada da cidade pelos rebeldes do M23 no final de janeiro.
A informação foi confirmada pelo porta-voz adjunto do Secretário-Geral das Nações Unidas, Farhan Haq, durante uma conferência de imprensa em Nova Iorque.
Durante mais de três meses, a MONUSCO forneceu proteção, abrigo, alimentação e cuidados médicos aos militares e agentes policiais que temiam represálias por parte do M23, grupo que controla a capital da província do Norte-Kivu.
Apesar do caráter emergencial da situação, a missão alertou desde fevereiro que as suas bases não estão preparadas para acolher e manter grandes populações por longos períodos, classificando o cenário como “insustentável”.
A operação de evacuação foi realizada em estreita coordenação com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), que atuou como intermediário neutro.
Vivian van de Perre, representante especial adjunta do Secretário-Geral na RDC, elogiou o profissionalismo das equipas envolvidas, destacando o empenho em assegurar a neutralidade, a segurança e a dignidade das pessoas evacuadas. Também agradeceu às comunidades ao longo do trajeto pela compreensão e apoio à operação, conduzida num contexto de extrema complexidade operacional.