O governo da Tanzânia anunciou que não vai continuar a autorizar o estatuto de refugiado a grupos de países vizinhos, alegando a entrada em simultâneo de um grande número de armas de fogo de forma ilegal.
De acordo com a nova medida, só poderá ser feito o pedido de estatuto de refugiados em nome individual. O governo da Tanzânia, através do seu Ministro do Interior também estima que os refugiados da região dos Grandes Lagos entram no país por razões económicas e não por razões de violência étnica e política.
Quarta-feira passada, o ministro do Interior da Tanzânia, Mathias Chikawe assistiu em Kigoma, uma cidade e uma região que abriga o maior número de refugiados que fugiram da violência na RDC e Burundi, a um evento para queimar mais de 5.000 armas de fogo apreendidas em grupos de refugiados dos países vizinhos.
No seu discurso, o Ministro do Interior fez um paralelo entre o afluxo de refugiados, tráfico de armas, e o aumento da criminalidade. Na cerimónia, Chikawe anunciou a suspensão da concessão do estatuto de refugiado a grupos registados. Apenas pedidos individuais poderão ser considerados.
Com 300 000 refugiados em quatro campos, a Tanzânia continua a ser o maior país de acolhimento para as vítimas da instabilidade da região, há mais de trinta anos.