A China anunciou tarifas sobre produtos agrícolas do Canadá, em retaliação às taxas impostas pelo Canadá sobre veículos elétricos e metais chineses.
A partir de 20 de março, Pequim aplicará uma tarifa de 100% sobre óleo de colza e ervilhas, além de um imposto de 25% sobre carne suína proveniente do país.
O governo chinês acusou o Canadá de violar as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e de adotar medidas protecionistas. Em comunicado, Pequim classificou as taxas canadianas como “restritivas e prejudiciais” para os interesses chineses.
O governo canadiano rejeitou a acusação e afirmou que as suas tarifas visam combater práticas desleais da China, que distorcem os mercados e reduzem os custos de produção.
A escalada ocorre após os Estados Unidos reforçarem medidas protecionistas.
Na semana passada, Donald Trump anunciou tarifas de 25% sobre produtos do Canadá e do México e duplicou as taxas sobre importações chinesas para 20%. Posteriormente, concedeu uma isenção temporária para alguns setores canadiano e mexicano no âmbito do acordo USMCA.
A economia chinesa enfrenta desafios adicionais, com a inflação a cair 0,7% em fevereiro – o primeiro valor negativo em 13 meses –, refletindo uma fraca procura interna.
O governo chinês estabeleceu uma meta de crescimento de 5% para 2025 e anunciou novas medidas de estímulo. No entanto, os mercados chineses registaram quedas na segunda-feira, pressionados pela incerteza económica e pelo agravamento das tensões comerciais globais.