A cadeia ABC, propriedade da Disney, anunciou a suspensão indefinida do programa de Jimmy Kimmel depois de várias estações afiliadas se terem recusado a transmiti-lo. A decisão surgiu após o comediante criticar, em monólogo, os apoiantes de Donald Trump no contexto do assassinato de Charlie Kirk. O episódio segue-se ao cancelamento do “The Late Show”, de Stephen Colbert, também associado à pressão do presidente.
A Nexstar Communications, que controla 23 canais ligados à ABC, classificou as declarações de Kimmel como “insensíveis”, acelerando a decisão.
A Comissão Federal de Comunicações (FCC) ameaçou ainda aplicar sanções, aumentando a pressão sobre a estação.
Trump reagiu com entusiasmo no Truth Social, afirmando que Kimmel “não tem talento” e comemorando a suspensão. Aproveitou para atacar outros apresentadores da NBC, como Jimmy Fallon e Seth Meyers, a quem chamou de “loosers” e pediu que também fossem retirados do ar.
Fallon, que apresenta o “The Tonight Show” desde 2014, construiu a sua carreira com humor mais leve, mas não deixou de parodiar o ex-presidente, o que já lhe valeu críticas. Já Meyers, à frente do “Late Night” desde 2014, é conhecido por monólogos incisivos e sátira política, mantendo uma linha crítica mais direta contra Trump.
O caso reforça o clima de tensão entre a comédia televisiva norte-americana e a influência política de Donald Trump, que parece não esconder a intenção de silenciar os humoristas mais críticos.