Venezuela: Abstenção e “vitória” chavista marcam dia de eleições

A líder da oposição venezuelana Maria Corina Machado pediu às Forças Armadas da Venezuela que respeitem o ato de “desobediência” cometido pelos cidadãos ao se absterem de participar nas eleições parlamentares e governamentais. Segundo pesquisas não oficiais, 91% dos habitantes do país não votaram, enquanto o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) estimou a participação em 42,63%.

“O povo venezuelano confirmou que é o verdadeiro dono do poder. Ao deixar as urnas em paz, ao desobedecer às chantagens e ameaças da ditadura de Nicolás Maduro, até os funcionários públicos disseram não à farsa eleitoral. O meu respeito por vocês”, explicou Corina Machado.

Machado emitiu um pedido direto às Forças Armadas para que defendessem a vontade popular venezuelana, que em 28 de julho de 2024 elegeu Edmundo González Urrútia como presidente daquela nação, atualmente exilado em Espanha.

Por sua vez, Nicolás Maduro afirmou que reconheceria a vitória de quem fosse eleito no processo. “Quando a nova Assembleia Nacional for instalada em 5 de janeiro de 2026, submeterei uma proposta à reforma proposta da Constituição Nacional”, explicou o presidente em exercício.

O Conselho Nacional Eleitoral informou, em Caracas, que 42% do eleitorado participou do processo, com o Partido Socialista Unido da Venezuela como o “grande vencedor”, com 23 dos 24 governadores estaduais e 82,62% dos votos.

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