O governo chinês determinou que todos os novos centros de dados financiados pelo Estado utilizem apenas chips de inteligência artificial produzidos no país, numa medida que reforça a estratégia de autossuficiência tecnológica e agrava as tensões com os Estados Unidos.
Segundo a Reuters, as autoridades ordenaram ainda a remoção ou o cancelamento de compras de chips estrangeiros, excetuando os projetos com forte dependência externa, que serão avaliados individualmente.
A decisão, considerada uma das mais firmes até agora na eliminação de tecnologia estrangeira de infraestruturas críticas, atinge diretamente fabricantes norte-americanas como a Nvidia, AMD e Intel.
A medida favorece empresas chinesas como a Huawei, Cambricon, MetaX, Moore Threads e Enflame, que deverão assumir um papel central no fornecimento de hardware para o setor de IA.
A proibição surge após meses de restrições comerciais impostas por Washington e demonstra que Pequim está próxima da independência tecnológica, reduzindo o impacto das sanções norte-americanas e reposicionando-se na disputa global pela liderança em inteligência artificial.