Um grupo de 35 eurodeputados pediu à comissária europeia para a Tecnologia, Henna Virkkunen, que pressione os Estados-membros a excluir fornecedores considerados de alto risco das infraestruturas 5G. O apelo surge após o início de uma investigação sobre alegados subornos envolvendo a Huawei e membros do Parlamento Europeu.
Na carta enviada, os parlamentares defenderam que a “caixa de ferramentas” de segurança 5G da União Europeia deve tornar-se juridicamente vinculativa, deixando de ser apenas uma recomendação. Consideram que medidas voluntárias já não são suficientes para proteger as redes contra interferências externas.
A Comissão Europeia lançou essa ferramenta em 2020, com o objetivo de reforçar a cibersegurança, nomeadamente através da exclusão de empresas como a Huawei e a ZTE.
No entanto, menos de metade dos países da UE aplicaram restrições legais a esses fornecedores até agora.
Durante uma conferência recente em Barcelona, Henna Virkkunen afirmou estar a estudar formas de acelerar a implementação das medidas de segurança por parte dos Estados-membros.
Entretanto, o Parlamento Europeu suspendeu temporariamente o acesso de representantes da Huawei às suas instalações.
A empresa negou qualquer envolvimento em práticas ilícitas e garantiu que segue uma política de tolerância zero em relação à corrupção.