A demissão inesperada do primeiro-ministro Sébastien Lecornu, menos de 24 horas após apresentar o novo governo, voltou a mergulhar a França na instabilidade política e abalou os mercados nesta segunda-feira.
O índice CAC 40 caiu 2%, para 7.916 pontos, enquanto o rendimento das obrigações a 10 anos subiu para 3,58%, o maior diferencial face à dívida alemã em nove meses.
O euro recuou 0,55% frente ao dólar, e os bancos Société Générale, BNP Paribas e Crédit Agricole caíram mais de 4%.
Com cinco primeiros-ministros em menos de dois anos e uma dívida pública superior a 3 biliões de euros (114% do PIB), o país enfrenta forte pressão dos mercados e da Fitch, que alertou para a incapacidade de realizar reformas fiscais.
Vários analistas preveem que o presidente Emmanuel Macron poderá dissolver o parlamento e convocar eleições antecipadas, num contexto de crescente incerteza e baixo crescimento económico.
