A União Europeia conseguiu, esta sexta-feira, renovar as sanções contra mais de 2.400 indivíduos e entidades russas, após dias de impasse causados pelo veto da Hungria.
A decisão, tomada a menos de 48 horas do prazo terminar, evitou um colapso no regime de sanções que o bloco mantém desde o início da invasão da Ucrânia.
As medidas, que incluem congelamento de bens e restrições de viagem, exigem unanimidade para serem renovadas a cada seis meses.
Durante a semana, Budapeste bloqueou sucessivamente a decisão, exigindo a remoção de vários nomes da lista negra.
Após negociações, quatro indivíduos foram retirados, incluindo três de interesse direto da Hungria, além de três pessoas já falecidas.
O governo de Viktor Orbán argumentou que a política europeia de sanções deveria ser revista, considerando a possível mudança no cenário internacional com a eleição de Donald Trump nos EUA.
No entanto, os restantes 26 Estados-membros rejeitaram a proposta e reforçaram a necessidade de manter a pressão sobre Moscovo até ao fim do conflito.
O bloqueio húngaro coincidiu com avanços nas negociações entre EUA e Ucrânia, que podem levar a um cessar-fogo temporário.
Entretanto, a Comissão Europeia já trabalha num novo pacote de sanções, reforçando o isolamento económico da Rússia.