Ataques aéreos do governo sírio e ataques de artilharia mataram pelo menos 94 pessoas e feriram 325 em Ghouta oriental, o enclave rebelde perto de Damasco nas últimas 24 horas, disse um grupo de monitoramento. Dos mortos, 71 são civis, dos quais, cerca de 20 crianças.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), com sede em Grã-Bretanha, disse que o bombardeamento em Ghouta intensificou-se no domingo à noite.
As Forças Armadas sírias tentam retomar o controlo de Ghouta Oriental, que abriga 400 mil pessoas, uma região controlada pelos insurgentes desde 2012 e último reduto rebelde nos arredores de Damasco.
A 5 de fevereiro, o regime lançou uma ofensiva aérea de uma intensidade sem precedentes na zona. Em cinco dias, deixou 250 mortos entre os civis e centenas de feridos.
Segundo o OSDH, no fim de semana houve negociações para evacuar da zona o grupo jihadista Hayat Tahrir Al Sham, mas elas fracassaram. “O fracasso das negociações marca o princípio de uma ofensiva”, destaca Abdel Rahman, diretor da ONG. Por seu lado os principais grupos islamitas no país, Jaish Al Islam e Faylaq Al Rahman, negam estar a negociar com o regime.
A principal formação da oposição síria no exílio, a Coligação Nacional Síria, com sede na Turquia, denunciou, num comunicado, que está em curso uma “guerra de extermínio” em Ghouta oriental, bem como o “silêncio internacional” contra “crimes” das forças leais a Assad.