Nos últimos dois meses a organização terrorista Estado Islâmico utilizou mais de 80 drones contra as forças iraquianas. Estes engenhos, habitualmente do tipo quadricoptero, estão armadilhados ou possuem uma capacidade para transportar e largar explosivos, que, segundo o Estado-maior iraquiano, já causaram a morte de uma dezena de soldados e feriram mais de 50.
No início de outubro de 2016, no norte do Iraque, dois militares franceses do Comando de Paraquedistas (CPA) foram feridos pela explosão de um drone do Estado Islâmico, neste incidente dois combatentes curdos iraquianos perderam a vida. Um episódio que alertou a forças da coligação internacional, Inherent Resolve, para a utilização generalizada destes engenhos, tal como se verificou durante a ofensiva a Mossul.
Após análise de documentos recolhidos durante as ofensivas contra o Estado Islâmico, o instituto Combating Terrorism Center (CTC) de West Point revelou que a organização terrorista criou uma brigada, designada “Al Bara bin Malik”, especializada na fabricação de drones. Os mesmos documentos deixaram claro que o Estado Islâmico decidiu utilizar drones como “armas de ataque”.
Segundo um relatório apresentado pela Conflict Armament Research (CAR), a organização terrorista Estado Islâmico conseguiu criar uma “indústria de armamentos”, com várias unidades de produção que “respeitam os critérios que permitam a interoperacionalidade das munições” para os seus combatentes.