O Exército Israelita anunciou no passado domingo que iria atacar Beirute e bombardear uma zona residencial nos subúrbios da capital. A operação foi confirmada pelo porta-voz Israelita Avichay Adraee na sua conta X com detalhes da localizações do alvo, avisando os residentes que deveriam evacuar a área visada.
Minutos antes, jatos militares Israelitas foram avistados pela população a sobrevoar Beirute a baixa altitude, lançando o pânico entre os locais, que estavam até então a aproveitar a calma da tarde de Domingo. Centenas de residentes fugiram para outras zonas da cidade, temendo serem atingidos pelos ataques anunciados. Pouco depois, Israel, em mais uma clara violação do acordo de cessar-fogo assinado em Novembro passado, lançou três bombas contra um bloco residencial, alegando que o Hezbollah tinha lá armamento escondido. Contudo, não houve explosões decorrentes dos bombardeamentos, sugerindo que os alvos não são continham armas.
O Exército Libanês acorreu ao local cerca de uma hora após os bombardeamentos para estabelecer ordem entre os locais e inspecionar a zona afetada pelos ataques.
Joseph Aoun, o Presidente do Líbano, apelou à comunidade internacional para colocar pressão sobre o governo Israelita, esperando uma resposta forme por parte dos EUA e França, mediadores do processo de cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah.
Israel tem insistido em atacar residências e civis dentro do território Libanês praticamente todos os dias, como forma de pressionar o Hezbollah a desarmar-se. Porém, o líder do grupo xiita, Naim Qassem, tem-se mostrado irredutível no processo de desarmamento sem ter antes garantias de que Israel deixará de executar ataques contra o Líbano.
O cessar-fogo, assinado em Novembro de 2024, tem-se mostrado bastante precário, especialmente com as agressões e violações dos seus termos por parte das forças militares Israelitas, que causaram cerca de 4 mil mortos desde o início da guerra.
João Sousa, a partir do Líbano para a e-Global