Centenas de judeus saíram às ruas de Jerusalém na passada terça-feira para protestar contra o serviço militar obrigatório, numa altura em que as tensões têm aumentado com as autoridades israelitas.
Os protestantes vestiram-se com fatos e chapéus pretos típicos da comunidade ultra-ortodoxa e clamando que “o Estado de Israel persegue os judeus”.
“É melhor ser atingido a tiro do que ir para o exército”, disse um dos protestantes, Aaron Roth, de 45 anos de idade.
O serviço militar, de 2 anos e 8 meses para os homens e de 2 anos para as mulheres é obrigatório para a maioria dos judeus israelitas.
Os judeus ultra-ortodoxos representam cerca de 10% da população de Israel e vivem em conformidade com uma estrita interpretação das leis judaicas.
Muitos deles olham para o serviço militar como uma fonte de tentação para os jovens e afasta-os de um mundo fechado de oração e estudo religioso.
Os judeus ultra-ortodoxos estão isentos de estudarem em escolas yeshiva religiosas embora esta questão seja controversa e tenham sido feitas tentativas para remover a isenção.
Apesar de serem obrigados a registarem-se no centro de recrutamento, inspirados pelos rabinos hostis que negam qualquer cooperação com as autoridades do país, os judeus ultra-ortodoxos rejeitam fazê-lo e são considerados desertores.