Na madrugada de sexta-feira passada, Israel bombardeou um hotel em Hasbaya, no sul do Líbano, onde estavam hospedados 18 jornalistas. O ataque aéreo devastador matou 3 repórteres libaneses e feriu vários que se encontravam a dormir dentro do hotel.
Ao contrário de bombardeamentos recentes no Líbano, Israel não deixou aviso prévio para evacuação antes do ataque no hotel em Hasbaya, onde apenas se encontravam hospedados jornalistas, sugerindo que a operação poderá tido como objectivo assassinar os repórteres propositadamente.
Horas após o ataque, as autoridades Israelitas declararam que as suas forças tinham efectuado operações militares em Hasbaya contra infraestruturas associadas ao Hezbollah, mas que não tinham conhecimento do incidente envolvendo os jornalistas no hotel.
Este ataque foi imediatamente condenado pelo Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), que avançou ainda que o derradeiro ano tem sido o mais fatal para os profissionais de comunicação social nos últimos 30 anos, com mais 180 repórteres assassinados por Israel colectivamente em Gaza e Líbano (onde foram mortos 12 jornalistas desde Outubro de 2023).
A ONU também condenou os assassínios dos jornalistas em Hasbaya e relembrou que O assassinato deliberado de um jornalista constitui um crime de guerra.
Contudo, apesar destas condenações explícitas por parte do CPJ e da ONU, nenhuma instituição parece capaz de forçar Israel a parar de cometer crimes contra jornalistas e teme-se que mais ataques semelhantes irão ocorrer no decurso da guerra em Gaza e no Líbano.
João Sousa, e-Global