A Organização Mundial de Saúde apelou aos governos para aumentarem significativamente os impostos sobre tabaco, álcool e bebidas açucaradas. A medida, segundo a OMS, poderia evitar 50 milhões de mortes prematuras nos próximos 50 anos e gerar mais de 850 mil milhões de euros para os sistemas de saúde em apenas uma década.
Estes produtos estão associados a doenças crónicas como cancro, diabetes e problemas cardiovasculares, que causam cerca de 75% das mortes globais.
Só o tabaco é responsável por mais de sete milhões de mortes por ano.
A organização defende que os chamados “impostos do pecado” são eficazes para reduzir o consumo e reforçar os orçamentos públicos. Apesar disso, a sua aplicação tem sido desigual e, em alguns países, como os Países Baixos, aumentos recentes levaram consumidores a procurar alternativas mais baratas fora do país.
A OMS sublinha ainda que este tipo de impostos pode ajudar os países mais pobres a compensar cortes na ajuda internacional e enfrentar a pressão crescente sobre os sistemas de saúde.