O Papa Francisco faleceu esta segunda feira, aos 88 anos de idade, deixando a Igreja Católica sem o seu líder máximo, tal como referido no anúncio da sua morte, “Apostolica Sedes Vacans“, que significa, “A sede apostólica está vaga” ou “O trono está vazio”.
Desta forma, começam a surgir os nomes daqueles que podem vir a ser nomeados para o mais alto cargo da Igreja, que será eleito pelo Colégio dos Cardeais. O Colégio, apesar de ser composto por 252 Cardeais, irá reunir apenas 135 destes, os aptos para a eleição e votação por terem menos de 80 anos.
Cinco nomes principais estão em cima da mesa como os preferidos para ocupar o cargo:
Luis Antonio Tagle (Filipinas)
Se for eleito, será o primeiro Papa asiático da História da Igreja. Conhecido como o “Francisco da Ásia” pela sua proximidade às ideias do Papa Francisco. Tem sido defensor da proximidade da Igreja com a comunidade LGBT e do divórcio, que ainda é ilegal nas Filipinas.
Matteo Zuppi (Itália)
Foi elevado a Cardeal pelo Papa Francisco em 2019, tem 69 anos e é o Presidente da Conferência Episcopal Italiana. Foi o enviado para a paz na Ucrânia do Papa Francisco tendo chegado a reunir-se com Zelensky.
Pietro Parolin (Itália)
Outro dos nomes de Cardeais italianos é Pietro Parolin, 70 anos, atual Secretário de Estado do Vaticano, e que lidera as listas de favoritos à sucessão do Papa Francisco. Tem um perfil de moderador e é visto como a pessoa ideal para unir as alas liberal e conservadora da Igreja.
Peter Turkson (Gana)
Se a escolha for voltar a ter um Papa africano, a aposta pode ser em Peter Tukson, que eleito será o primeiro papa negro da História da Igreja. Nomeado para o Colégio dos Cardeais por João Paulo II, Tukson pertence também a uma ala mais liberal da Igreja, defendendo por exemplo o fim do celibato dos padres.
Péter Erdö (Hungria)
Outro dos preferidos dentro da Europa é Péter Erdo, que pertence à ala mais conservadora, noemadamente nas questões da imigração e da inclusão das mulheres no sacerdócio. O cardeal de 72 anos tem uma boa relação com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.
Raymond Leo Burke (EUA)
Raymond Burke é o único americano na lista de preferidos para ocupar a mais alta posição da Igreja Católica. O cardeal de 76 anos é conhecido por ser tradicional e conservador, foi bastante crítico do papado de Francisco, nomeadamente nas questões da aceitação dos divorciados, homossexuais e mulheres como sacerdotes.