Os soldados malianos e ex-rebeldes tuaregues realizaram, na quinta-feira, a sua primeira patrulha conjunta no norte do Mali, um passo-chave no acordo de paz de 2015.
O Mali restaurou, na quinta-feira, a autoridade nas cidades do norte de Timbuktu e Menaka, terminando um impasse com facções tuareg armadas, que impediram a transferência do poder.
O retorno da autoridade estatal destina-se a preencher um vazio de poder que transformou o norte do Mali numa plataforma de lançamento para ataques jihadistas numa vasta região no deserto do Saara.
A maioria dos postos estatais não foi preenchida desde que os separatistas tuaregues e os jihadistas do deserto ocuparam o norte do Mali em 2012, antes da intervenção das forças francesas. Um acordo de paz assinado em 2015 destinava-se a permitir que as autoridades regressassem.
As fações pró-governo e anti-governamentais dominadas pelos tuaregues chegaram a acordo, em fevereiro, depois de meses de negociações sobre como as autoridades deveriam ser constituídas.
As forças de segurança regressaram a Gao e Kidal duas semanas depois, mas alguns grupos armados impediram que se instalassem em Tombuctú e Menaka no início de março.
A TV estatal anunciou que o impasse tinha terminado. Um porta-voz dos antigos Tuaregs, Iyad Ag Mohamed, confirmou por telefone que as autoridades tinham sido autorizadas a entrar.
Apesar deste passo importante para a restauração da paz, o Mali é um dos países mais assolado pelo banditismo e ataques islâmicos.