Esta é uma vitória para os manifestantes contra o gasoduto que devia atravessar o Dakota do Norte. Os serviços federais anunciaram o estudo de uma nova rota, evitando a terra que as tribos indígenas dizem que violam locais sagrados e poluem as suas reservas de água potável.
O projeto, orçamentado em mais de 3.400 milhões de euros, previa que o oleoduto, denominado Dakota Access, atravessasse o rio Missuri e o lago artificial Oahe, fontes de água potável para os Sioux de Standing Rock
A conduta de 1.885 quilómetros levaria meio milhão de barris de petróleo desde depósitos no Dakota do Norte até uma infraestrutura já existente no estado do Illinois, a partir de onde o crude podia ser distribuído ao Golfo do México.
Os manifestantes concentraram-se em abril, em Sacred Stone. Uma demonstração dos Sioux de Standing Rock, que foi transformada em causa indígena ao longo de semanas.
Cerca de 200 tribos juntaram-se à causa, o maior ajuntamento índio alguma vez organizado nos Estados Unidos. Ativistas de todo o mundo juntaram-se às tribos. Além dos veteranos, muitos milhares de pessoas mantiveram-se entre o acampamento dos manifestantes e as autoridades, que tinham dado uma ordem de evacuação para esta segunda-feira, 5 de dezembro.
Neste enorme manto de 8000 pessoas, que resistiram a uma tempestade de neve, frio polar e às ameaças de deportação, o anuncio de um novo estudo para uma nova rota espalhou-se em minutos.
A televisão mostrou a multidão a sair dos tipis para festejar esta vitória. “Este é apenas o começo, vamos continuar vigilantes”, explicou Dave Archambault no domingo à noite nas redes sociais. O chefe dos Sioux de Standing Rock agradeceu a Barack Obama por ter a coragem de tomar essa decisão, que considerou “histórica”.