O artista plástico, Júlio Pomar (1926-2018), morreu ontem ao 92 anos.
No domínio político, Júlio Pomar foi um opositor ao regime de Salazar e membro da comissão central do Movimento de Unidade Democrática (MUD) Juvenil, tendo estado preso durante 4 meses em Caxias. Aí partilhou a cela com Mário Soares, o líder histórico do Partido Socialista (PS) português, que faleceu o ano passado.
Na área artística, Pomar vendeu o seu primeiro quadro, “Os Saltimbancos”, a Almada Negreiros.
Refira-se que Almada Negreiros fez parte da primeira geração do modernismo em Portugal, geração marcada pela publicação da revista “Orpheu”, em 1915, influenciada pelo Futurismo, Expressionismo, entre outros movimentos artísticos e culturais europeus. Na revista “Orpheu” escreveram Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro e o próprio Almada Negreiros, entre outros nomes de destaque da cultura portuguesa.