Angola: João Lourenço pede ao MPLA para que não caia na tentação da corrupção

Presidente de Angola e líder do MPLA, João Lourenço

O Presidente da República angolano realizou o discurso de abertura da reunião do Comité Central do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) esta sexta-feira, 30 de novembro, tendo aproveitado para criticar os “poucos privilegiados que mergulharam no pote do mel com insaciável apetite”, referindo-se assim a quem praticou corrupção, e apelou ao MPLA para que fiscalizasse “as ações do Presidente do partido, da República e do Executivo” e não caísse assim nas mesmas tentações.

“Quando tivermos coragem de assumir esta postura, então o país sairá a ganhar, porque, se o exemplo vier de nós, temos a certeza de que toda a sociedade nos seguirá”, afirmou o também presidente do MPLA, João Lourenço. “Neste combate contra a corrupção, aqueles que vêm perdendo privilégios auto-adquiridos ao longo de longos anos deviam ter a sensatez e humildade de agradecer a este povo generoso por lhes ter dado essa possibilidade, e não se fazer de vítimas, porque a única vítima do seu comportamento ganancioso foi o povo angolano”, acrescentou.

O Chefe de Estado declarou ainda que o processo de reformas no país “já é irreversível” e que a “Angola das oportunidades restringidas a uns quantos indivíduos intocáveis, que tudo podiam, gente que se julga no direito de continuar a manter o estatuto indevidamente adquirido, pertence à história”. João Lourenço deixou também um recado a Isabel dos Santos, empresária e deputada do MPLA, que publicou recentemente várias mensagens na rede social Twitter a dizer que, em Angola, “a situação está a tornar-se cada vez mais tensa, com a possibilidade de se juntar à crise económica existente uma crise política profunda”.

“Só mesmo a falta de patriotismo pode levar um cidadão nacional a desencorajar o investimento privado estrangeiro no seu próprio país. Surpreende-nos o facto de cidadãos angolanos invocarem, quem sabe mesmo desejarem e até financiarem uma provável instabilidade política num país como Angola, já bastante martirizado por anos de conflito, mas tratando-se de um assunto de segurança nacional, com certeza vamos acompanhar com a seriedade que o assunto requer”, referiu.

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