Os partidos políticos na oposição em Angola partilharam que não querem um presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) que cumpra agendas políticas.
As declarações foram feitas poucos dias após o Conselho Superior da Magistratura Judicial (CSMJ) ter lançado o concurso curricular para o provimento da vaga de presidente da CNE, o que ocorreu na passada quarta-feira, 05 de fevereiro. O cargo tem sido ocupado por Manuel Pereira da Silva desde 2020.
“Neste concurso aberto, queremos que saia um presidente da CNE sem compromissos políticos”, disse ao “Novo Jornal” o membro da Comissão Política Permanente da UNITA, Ernesto Mulato, que defendeu reformas na instituição para “acabar com golpes institucionais”.
Por sua vez, o secretário-geral do Bloco Democrático, Muata Sebastião, afirmou que quem “será presidente é claro que representará o poder político e exercerá as suas funções em obediência às ordens superiores para salvaguardar não apenas os interesses do poder, mas sobretudo os seus”. Neste sentido, defendeu uma reforma da CNE “urgentemente”.
O porta-voz da FNLA, Ndonda Nzinga, defendeu “transparência e lisura no processo concursal com base na Lei”.